I am back baby
Aqui me têm, de volta aos inóspitos confins neerlandeses.
Em Portugal deu-me a sensação de que não mudou nada. O pessimismo continua rampante, mas o desenrasca e o salve-se-quem-puder também.
A tendência para desculpar os males todos da nação e atribuir as culpas de tudo seja ao Governo ou, mais simplesmente, à má sorte continua de boa saúde e recomenda-se.
A tendência para pensar que os defeitos e pecados dos outros servem de absolvição dos defeitos e pecados próprios também está de boa saúde e recomenda-se.
Portugal parece uma espécie em vias de extinção, incapaz de aceitar os seus defeitos e mudar, incapaz de largar o passado, incapaz de desejar o futuro.
Engraçado que durante a viagem estive a ler o "Equador" do Miguel Sousa Tavares - que aliás recomendo, um romance excelente - porque o livro mostra um mundo muito semelhante a este, o mundo condenado do colonialismo português no início do século XX.
O Porto ganhou e eu estive no estádio para ver, o que é fixe (há quantos anos já não via bola ao vivo).
Tive tempo para ver alguns amigos, poucos mas bons. É por eles e por esta língua portuguesa que é a única em que me sinto em casa que ainda acredito que vale a pena tentar salvar um país tão... inefável.
Em Portugal deu-me a sensação de que não mudou nada. O pessimismo continua rampante, mas o desenrasca e o salve-se-quem-puder também.
A tendência para desculpar os males todos da nação e atribuir as culpas de tudo seja ao Governo ou, mais simplesmente, à má sorte continua de boa saúde e recomenda-se.
A tendência para pensar que os defeitos e pecados dos outros servem de absolvição dos defeitos e pecados próprios também está de boa saúde e recomenda-se.
Portugal parece uma espécie em vias de extinção, incapaz de aceitar os seus defeitos e mudar, incapaz de largar o passado, incapaz de desejar o futuro.
Engraçado que durante a viagem estive a ler o "Equador" do Miguel Sousa Tavares - que aliás recomendo, um romance excelente - porque o livro mostra um mundo muito semelhante a este, o mundo condenado do colonialismo português no início do século XX.
O Porto ganhou e eu estive no estádio para ver, o que é fixe (há quantos anos já não via bola ao vivo).
Tive tempo para ver alguns amigos, poucos mas bons. É por eles e por esta língua portuguesa que é a única em que me sinto em casa que ainda acredito que vale a pena tentar salvar um país tão... inefável.
2 Comments:
Viva Orlando,
Sou o Tiago, de Ovar. Decidi seguir-te o exemplo e vim para a Europa. Estou a viver na Bélgica desde Janeiro.
Que tal tens passado ?
E que tal o Mestre e o Olavo ?
Um grande abraço.
Tiago Matos
P.S. Tenho de concordar que o 'Equador' está muito bom. Gostei muito do livro.
Olá, tudo bem?
Se me quiseres contactar escreve para moreira.orlando(arroba)gmail.com.
Enviar um comentário
<< Home